Embora a espécie Vitis Vinifera seja uma só, as uvas apresentam múltiplas variedades, que carregam diferenças significativas de forma, tamanho, cor e sabor. Por isso, os vinhos produzidos a partir de diferentes tipos de também revelam características distintas, com variações de estrutura e acidez. Aqui na UVVA, temos o privilégio de observar uma boa performance da maioria das uvas, graças às peculiaridades do clima e o do terroir da Chapada Diamantina, além do cuidadoso trabalho de pesquisa da nossa equipe de especialistas. Vamos saber um pouco mais sobre algumas delas que fazem os vinhos da UVVA serem excepcionais?
Chardonnay, a rainha das brancas
Reinando absoluta entre as uvas brancas, a Chardonnay tem origem na Borgonha, na França, mas se espalhou por diversas regiões do mundo devido à flexibilidade de adaptação. A pele verde pode ganhar coloração amarela-palha quando madura. Os cachos são pequenos e delicados, o que exige atenção extra no manejo. O potencial aromático é uma de suas características mais marcantes. Esta casta pode gerar vinhos leves e frescos, mas também pode ser usada na produção de rótulos mais encorpados. Podendo ser cultivada sozinha ou em assemblages, costuma revelar características da região e de seu produtor.
Sauvignon Blanc, a francesa queridinha dos brasileiros
Ela tem sua origem na França, mas ninguém pode negar que tem tudo a ver com a gente. Reconhecida por sua elegância, é uma uva de colheita precoce, que se adapta bem a climas amenos, que conservam suas características de leveza e frescor. A Sauvignon Blanc é um dos destaques do nosso vinhedo e boa aposta para a produção de vinhos marcados por uma acidez bem equilibrada, com um toque sutil de frutas tropicais.
Corte bordalês: um “quarteto fantástico”
Bordeaux é uma referência imediata quando falamos sobre vinhos de alto padrão. Essa célebre região da França também é lembrada pelos enófilos por conta do famoso corte bordalês, que reúne uma variedade de uvas típicas daquele território em blends, com o intuito de revelar uma expressão mais intensa do terroir. Esses cortes costumam ser formados por um quarteto de peso: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Petit Verdot e Merlot.
A Cabernet Sauvignon é, sem dúvida, a mais conhecida do mundo dos vinhos e reina absoluta na categoria das uvas tintas. Resultado do cruzamento natural entre Cabernet Franc (tinta) e Sauvignon Blanc (branca), seu fruto tem amadurecimento tardio e costuma originar vinhos com a fruta em evidência, bom corpo, acidez agradável e taninos firmes.
Em comparação, a Cabernet Franc apresenta frutos que alcançam o estágio de maturação mais precocemente e apresentam casca mais fina, menor acidez e menos tanino, ao passo em que aumenta a intensidade de aromas. Adapta-se bem a solos compostos por areia, argila e calcário, o que resulta em vinhos mais densos e complexos.
A Petit Verdot é puro charme. O nome é uma referência ao tamanho dos cachos, que são menores por conta da maturação tardia. Uma curiosidade é que eles carregam uvas verdes e roxas juntas, o que contribui para vinhos mais robustos, com taninos marcantes e coloração intensa. Os aromas costumam apresentar traços florais, com notas de frutas maduras.
Por último, mas não menos importante, a Merlot também ocupa lugar de honra na lista de uvas mais conhecidas no mundo dos vinhos. Resultado do cruzamento da Cabernet Franc com a Magdeleine Noire des Charentes, tem no nome uma alusão ao pássaro Merle, comum nos vinhedos da região de Bordeaux. Seus vinhos costumam ter cor vibrante, fruta em evidência, textura suave e sabor rico, com acidez média, bom corpo e taninos macios.
Syrah ou Shiraz? A escolha é sua!
A versatilidade começa pelo nome. A Syrah ou Shiraz nasceu no Vale do Rhône, na França, a partir de um cruzamento da Mondeuse Blance com a Dureza, duas uvas pouco conhecidas pela maioria. A boa capacidade de adaptação é uma de suas marcas, além da capacidade de expressar diferentes características no aroma e no paladar, de acordo com as particularidades do terroir onde é cultivada. Geralmente resulta em vinhos que transitam entre o médio e encorpado, com taninos acentuados, acidez equilibrada e notas de frutas negras e pimenta.
Com a Pinot Noir, antiguidade é posto
Uma das uvas mais antigas do mundo, a Pinot Noir é respeitada por sua longevidade, mas é conhecida também por dar mais trabalho aos produtores. A pele fina e delicada torna os frutos mais sensíveis às possíveis oscilações das condições climáticas, o que torna seu cultivo um desafio. Mas o cuidado extra vale a pena quando o resultado são rótulos especiais. Os vinhos produzidos a partir dessa uva encantam pela suavidade no sabor, que é marcado por taninos suaves, acidez sutil e estrutura leve.
Malbec, a “hermana” que nasceu na França
Embora tenha se consolidado como uma marca registrada da cultura enogastronômica argentina, vale lembrar que a Malbec é originária de Bordeaux, na França. Os rótulos produzidos a partir dessa uva são democráticos e costumam cair no gosto do público graças à combinação de taninos macios e caráter frutado, que dão à bebida um sabor intenso, que permanece na boca por mais tempo. Os rótulos Malbec também são conhecidos pela coloração intensa, muito próxima à da uva in natura.
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